Cinelândia, 07 de julho de 2015

Para ver as pessoas nas ruas. 
Corpos. Os cabelos cacheados, lisos, esticados com formol, a barba de Cristo da moda, óculos de grau, o rabo de cavalo, o corte do jogador de futebol, salto alto, sapatilha de Cannes, tênis, renda, a roupa apertada ressaltando a barriga saliente.
Corpos que circulam. Os olhares entres eles. Sim! Parece que se olham. Buscando a eterna resposta da existência da felicidade. Onde o outro a encontra que não consigo alcançar?  
Bocas com sorrisos. Mesas com histórias. Seus problemas. Iguais sempre. O ser humano com um band aid de sobrevida. Ele fala da sua dor. Ela ouve olhando para o celular, entretida na rede social e na próxima curtida. Precisa mostrar ao mundo que é feliz.
Na TV sempre o futebol. A maior possibilidade de verde que o mundo ainda vê: um campo de futebol.  O gol anestesia a mente e faz o ser humano acreditar cada vez mais que pode ser feliz, apesar de tudo...
O homem com band aid comemora. A mulher curte o gol na rede social. O garçon traz mais um chope. 

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